XXI Congresso Brasileiro de Cardiogeriatria

Dados do Trabalho


Título

PERFIL EPIDEMIOLOGICO DA HIPERTENSAO ARTERIAL ESSENCIAL NO BRASIL DE 2019 A 2024

Introdução

A hipertensão arterial essencial, ou primária, é uma condição caracterizada pela elevação persistente da pressão arterial, com etiologia multifatorial. Ela resulta da interação de fatores de risco não modificáveis, como idade, sexo e etnia, e modificáveis, como tabagismo, obesidade, etilismo, sedentarismo e consumo excessivo de sódio (>3 g/dia). Do ponto de vista epidemiológico, é uma das principais causas de morbidade e mortalidade global, afetando cerca de 1,28 bilhões de pessoas, segundo a OMS. O diagnóstico ocorre com medições clínicas superiores a 140/90 mmHg. O tratamento inclui intervenções não farmacológicas, como redução de sódio, álcool, cessação do tabagismo, atividade física e perda de peso, além de medicamentos.

Objetivos

Compreender o perfil epidemiológico dos pacientes com Hipertensão Arterial Essencial no Brasil no período de 2019 a 2024.

Métodos

Estudo epidemiológico descritivo, transversal e quantitativo, desenvolvido a partir de dados secundários obtidos do departamento de informática do Sistema Único de Saúde do Ministério da Saúde (DATASUS/MS).

Resultados

Entre junho de 2019 e junho de 2024, foram registradas 223.172 internações por hipertensão arterial essencial no Brasil. O ano de 2019 teve o maior número de casos, 52.240 (23,4%). A região Nordeste concentrou 84.301 (37,82%) internações, seguida pela Sudeste, com São Paulo liderando com 41.854 (18,7%) casos. Mulheres foram mais afetadas, com 128.127 (57,4%) internações, enquanto homens representaram 95.045 (42,6%). Entre os grupos de raça, as pessoas pardas foram as mais atingidas, com 107.881 (48,3%). A faixa etária mais afetada foi de 60 a 69 anos, com 50.234 (22,5%) casos.

Conclusões

A análise dos dados do DATASUS/MS entre 2019 e 2024 mostrou que a hipertensão arterial essencial continua sendo uma importante causa de internações no Brasil, com maior prevalência entre mulheres, pessoas pardas e indivíduos de 60 a 69 anos, especialmente nas regiões Nordeste e Sudeste. Fatores de risco modificáveis, como tabagismo e obesidade, permanecem como os principais agravantes da doença. Diante dessa realidade, é fundamental intensificar as políticas públicas voltadas para a promoção da saúde, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida da população brasileira, priorizando a prevenção e o controle desses fatores de risco.

Palavras Chaves

Hipertensão arterial essencial.
Epidemiologia da hipertensão.

Área

Tema Livre

Instituições

Universidade Nove de Julho - São Paulo - Brasil

Autores

LUÍS FERNANDO SIQUEIRA RIBEIRO, JÚLIA GALLARDO GOMES ALCIATI, BÁRBARA RICO VIEIRA