XXI Congresso Brasileiro de Cardiogeriatria

Dados do Trabalho


Título

TESTE TIMED UP AND GO COMO PREDITOR DE QUEDAS FUTURAS EM IDOSOS DO PROJETO AMI

Introdução

O sistema sensorial é fundamental para o equilíbrio corporal humano e é um dos primeiros a ser afetado pelo envelhecimento. À medida que a reserva funcional do idoso diminui e doenças comuns nessa faixa etária surgem, o controle postural é comprometido, resultando em distúrbios de equilíbrio. O sistema musculoesquelético também sofre alterações, como redução de força muscular, flexibilidade e mobilidade, aumentando o risco de quedas. Entre os métodos utilizados para avaliar o equilíbrio e o risco de quedas, destaca-se o teste Timed Up and Go (TUG), conhecido por sua praticidade e relevância clínica.

Objetivos

O objetivo deste estudo foi analisar a capacidade do teste TUG em prever quedas futuras em idosos que praticam ou não atividade física, participantes do projeto AMI (Avaliação Multidisciplinar do Idoso).

Métodos

Foi realizado um estudo observacional com 64 idosos participantes do projeto AMI, sendo excluídos aqueles que utilizavam dispositivos para deambulação ou que haviam sofrido acidente vascular encefálico. A amostra final incluiu 60 idosos, sendo 43 mulheres (71,66%) e 17 homens (28,81%), com idades entre 60 e 88 anos. A coleta de dados ocorreu no ambulatório de fisioterapia do Hospital São Julião, de junho a novembro de 2023. O teste TUG consistia em levantar-se de uma cadeira, caminhar 3 metros, virar-se, retornar e sentar-se, com o tempo registrado em segundos. Os tempos foram classificados como: baixo risco de quedas (20 s). Além disso, um questionário simples coletou informações pessoais e sobre a prática de atividade física.

Resultados

Dos idosos avaliados, 18,33% (11) realizaram o teste em menos de 10 segundos, classificando-se como de baixo risco; 73,33% (44) levaram entre 10 e 20 segundos, sendo considerados de risco médio; e 8,33% (5) levaram mais de 20 segundos, sendo de alto risco de quedas. O grupo com maior risco de quedas praticava menos atividade física.

Conclusões

A prática regular de atividade física se mostrou eficaz na prevenção de quedas em idosos. Aqueles que não praticam exercícios possuem menor mobilidade e maior risco de quedas, evidenciando a importância de promover hábitos saudáveis entre os idosos para melhorar sua mobilidade funcional e reduzir os riscos de quedas.

Palavras Chaves

Equilíbrio
Idosos
Quedas
Atividade Física
Timed Up and Go (TUG)

Área

Tema Livre

Autores

ANGELA SICHINEL, Marilena Infiesta Zulim , Mylla Silva Braga Gonçalves , Leticia Mie Moriya, Maria Eduarda Anselmo do Nascimento , Marília Oliveira Aguiar , Priscila Assis Vidal, Luci Matsumura